Insulina e Diabetes: Qual a relação? Quando e como usar?

O paciente com diabetes tipo 1 precisa desde o diagnóstico usar insulina. A insulina é necessária para regular os níveis de açúcar no sangue pois eles não possuem a produção adequada de insulina pelo pâncreas.

Inicialmente, o paciente pode necessitar de apenas uma única aplicação ao dia, mas também pode ser necessário utilizar insulina mais vezes, por exemplo antes das principais refeições.
Já o diabético tipo 2 deve começar a usar insulina quando o tratamento farmacológico (medicações antidiabéticos orais ou injetáveis), aliados a dieta e exercícios não conseguem alcançar um bom controle, ou seja quando os valores de glicemia e da hemoglobina glicada, exame de sangue utilizado para avaliar controle da diabetes ao longo de 2-3 meses, estão fora das metas.
Não se deve usar a insulina sem acompanhamento e prescrição médica, pois o uso indevido da insulina pode causar dentre outros sintomas: tremores, confusão mental, visão embaçada ou tonturas, que são característicos de hipoglicemia. Os pacientes idosos necessitam ainda de maior atenção, pois o risco de complicações é bastante elevado quando estão com hipoglicemia, por exemplo, quedas ou até mesmo um evento cardiovascular, como infarto.

Como tomar a insulina?
Geralmente, quanto o paciente diabético inicia o tratamento com insulinoterapia, o médico prescreve uma insulina de longa duração, logo ao amanhecer ou antes de dormir, mantendo os antidiabéticos orais durante o dia.
O paciente deve então, monitorar os níveis de açúcar no sangue em jejum, antes e após as principais refeições e antes de dormir, por um período de 15 dias para que o médico possa definir se uma outra insulina de ação rápida será necessária..
Como aplicar a insulina?
A insulina pode ser aplicada com uma seringa ou através de uma caneta, no entanto, a seringa continua sendo o método mais comum e mais barato, sendo o disponibilizado pelo SUS. Em qualquer um dos casos, a insulina deve ser injetada no tecido subcutâneo, a camada de gordura, onde será absorvida lentamente, imitando a produção da substância pelo pâncreas. A seguir o passo-a-passo recomendado para a aplicação correta:
1. Uma boa higiene: como lavar bem as mãos, e utilizar agulha e seringa esterilizadas.
2. Retirar o frasco de insulina da geladeira!!! Sim, lembre-se que a insulina deve ser conservada na geladeira e nunca congelar. Mudanças na temperatura podem afetar a eficácia da mesma. Limpe a borracha do frasco  com algodão umedecido em álcool antes de inserir a agulha da seringa no frasco de insulina.
3. Vire o frasco ao contrário, para que a agulha fique mergulhada em líquido e não aspire ar. Puxar o êmbolo da seringa até encher com o número correto de unidades.
4. Faça uma prega na pele para inserir completamente a agulha, num ângulo de 90º
5. Empurre o êmbolo da seringa até que todo o conteúdo seja liberado; esperando cerca de 10 segundos e retirar a agulha de pele, soltando a prega da pele depois de remover a agulha.

Após a aplicação, a agulha e a seringa devem ser guardadas em um recipiente próprio para que depois sejam entregues na farmácia ou no posto para correta eliminação. Nenhuma seringa ou agulha deve ser utilizada em mais do que uma aplicação, uma vez que pode aumentar o risco de infecção.

Os locais de aplicação são: abdome, perna parte lateral e braço posterior. E devem ser feito rodízio nos locais de aplicação.
A dica mais importante do tratamento é o paciente respeitar rigorosamente a prescrição médica, tanto a dose, como os horários e a forma correta de aplicação descrita acima.

Além disso, a dose pode ser ajustada com o tempo, e a cada consulta, sempre a fim de que o diabetes fique bem controlado e não evolua para as temidas complicações, como problemas de visão e dos rins, por exemplo.

Com isso, para saber se o médico é endocrinologista, associado à SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) , procure aqui. Marque sua consulta!

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