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6 de julho de 2018Gastroplastia, também chamada de cirurgia bariátrica ou popularmente conhecida como redução de estômago, tem como objetivo reduzir o peso de pessoas com o IMC muito elevado. Esse tipo de cirurgia está indicada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para pacientes com IMC acima de 35 Kg/m² com fatores de risco, tais como:
• apneia do sono
• hipertensão arterial
• diabetes
• aumento de gorduras no sangue e problemas articulares
ou para pacientes com IMC maior que 40 Kg/m² que não tiveram sucesso na perda de peso após dois anos de tratamento clínico (incluindo o uso de medicamentos).
Existem duas técnicas cirúrgicas principais:
– Bypass gástrico: Primeiro, uma pequena bolsa de estômago é criada e em seguida, parte do intestino delgado é desviado e ligado ao estômago.
VANTAGENS
• Perda de peso significativa (60 a 80% do excesso de peso);
• Restringe a quantidade de alimentos que podem ser consumidos;
• Reduzem o apetite e aumentam a saciedade por meio de alterações hormonais.
DESVANTAGENS
• É tecnicamente uma operação mais complexa do que as demais e potencialmente poderia resultar em maiores taxas de complicações;
• Pode levar a deficiências de vitaminas/minerais em longo prazo, como vitamina B12, ferro e cálcio;
• Requer aderência às recomendações dietéticas, suplementos vitamínicos/minerais ao longo da vida.
• É reversível
– Sleeve: Nessa técnica, aproximadamente 80% do estômago é removido. O estômago restante se transforma em uma bolsa tubular (150 -200 mL) que se assemelha a uma banana.
VANTAGENS
• Restringe a quantidade de alimento que o estômago pode armazenar;
• Induz rápida e significativa perda de peso;
• Envolve uma estadia hospitalar relativamente curta de aproximadamente dois dias;
• Causa mudanças favoráveis nos hormônios intestinais que suprimem a fome, reduzem o apetite e melhoram a saciedade.
DESVANTAGENS
• É um procedimento não reversível;
• Tem o potencial para deficiências de vitamina em longo prazo;
• Tem uma taxa de complicações precoces mais alta do que os demais tipos de cirurgia bariátrica.
Portanto, antes da decisão de operar, todo paciente deve ser submetido a uma avaliação clínico-laboratorial completa, que inclui além dos exames pré-operatórios, a avaliação do endocrinologista e da equipe multidisciplinar a fim de garantir uma avaliação integral do paciente.
Além disso, do ponto de vista endócrino e nutricional, os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica deverão ser acompanhados pelo resto da vida, com o objetivo de receberem orientações específicas para elaboração de uma dieta adequada, pois o paciente submetido a gastroplastia pode apresentar, caso não seja devidamente acompanhado, patologias como anemias por deficiência de ferro, de vitamina B12 e/ou ácido fólico, deficiência de vitamina D e cálcio e até mesmo desnutrição, nas cirurgias mais radicais. Reposições vitamínicas podem ser necessárias. Em pacientes que apresentaram uma perda de peso muito grande, uma cirurgia plástica para retirada do excesso de pele pode ser levada em consideração. A mesma poderá ser feita quando a perda de peso estiver totalmente estabilizada, ou seja, depois de aproximadamente dois anos.
Assim, para garantir o melhor tratamento para a obesidade, ter uma indicação coerente de quando operar e continuar o seguimento após o tratamento cirúrgico não deixe de consultar o endocrinologista de sua confiança. Para saber se o médico é endocrinologista, associado à SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) , procure aqui. Marque sua consulta!
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